Artigo recente publicado na revista Sea Technology.
Da revista Sea Technology:
Sub-Draga: Primeira draga de ouro submersível operada remotamente apresentada no Discovery Channel
A extracção subaquática de ouro foi durante muito tempo um processo muito trabalhoso e frequentemente de baixo rendimento. Os mergulhadores são frequentemente colocados em águas geladas e muitas vezes perigosas para bombear areias ricas em ouro para fazer suas fortunas.
Actualmente, os maiores problemas resultam da incapacidade de operar a profundidades superiores a 25 pés, da dependência de mergulhadores, da ineficiência das bombas e dos impactos e condições ambientais.
Recentemente, a EDDY Pump Corporation, de San Diego, CA, foi convidada a ir a Nome, no Alasca, para mostrar sua solução de mineração de ouro em um dos programas de televisão mais assistidos no Discovery Channel.
Nos últimos 25 anos, a EDDY Pump tem sido um líder mundial da indústria no desenvolvimento de engenharia inovadora da mais avançada tecnologia patenteada de bombas e dragagem. A tecnologia tem sido utilizada em sectores tão vastos como a Marinha dos EUA, o petróleo, as minas, a dragagem, as águas residuais, os produtos químicos e muitos outros.
Com uma experiência tão diversificada no sector, a EDDY Pump aceitou o desafio enviando a Sub-Dredge. Esta draga submersível operada remotamente é a resposta a todos os problemas e restrições pré-existentes que actualmente assolam a indústria de mineração de ouro subaquática. Foi desenvolvido para ir onde o equipamento de dragagem convencional muitas vezes fica aquém devido a restrições de profundidade, custos de operação e mobilização, incapacidade de funcionar remotamente, impacto ambiental e falta de capacidade de bombagem.
A Sub-Draga opera a profundidades superiores a 125 pés enquanto é controlada em segurança por um operador à superfície. Pesando menos de 5.000 libras e tendo 172 polegadas de comprimento x 62 polegadas de largura x 60 polegadas de altura, também o torna facilmente implantável na maioria das aplicações a um baixo custo. O peso da Sub-Draga é distribuído por grandes rastos de borracha que a tornam muito robusta e capaz de lidar com diversas condições, criando apenas 3,3 psi de pressão no solo. Esta concepção permite a operação em aplicações de dragagem com revestimentos potencialmente delicados, tais como canais revestidos a betão e reservatórios de retenção revestidos a argila e poliéster. Com uma pressão de solo tão baixa, a Sub-Draga é perfeita para operar no fundo do oceano sem se afundar demasiado na areia e ficar presa.
Utilizando um controlo remoto, o operador pode manobrar e operar a draga com a máxima precisão a partir de uma área segura na superfície. Isto é possível com a ajuda de GPS e posicionamento acústico localizados na Sub-Draga, juntamente com câmaras de alta resolução e luzes de alta potência. Tudo isto é depois integrado num pacote de software de posicionamento RTK. Através deste software, o operador pode facilmente ver a posição exacta da Sub-Draga, ao mesmo tempo que monitoriza o caudal e as rotações da bomba e vê uma transmissão de vídeo em directo das operações subaquáticas.
Além disso, com a capacidade da Sub-Draga de operar remotamente e debaixo de água, aumenta consideravelmente o tempo de extracção que normalmente seria interrompido pelas más condições das marés ou pela fraca visibilidade.
O núcleo desta tecnologia é a tecnologia patenteada EDDY Pump. Esta é a única bomba no mercado que utiliza os princípios de um tornado para criar uma corrente de Foucault sincronizada. Esta bomba não é uma bomba centrífuga, de deslocamento positivo ou de vórtice, mas sim uma bomba altamente eficiente com alto teor de sólidos e alta gravidade específica. Isto traduz-se na capacidade de bombear uma maior percentagem de sólidos e capturar o ouro pesado por gravidade específica. Ao mesmo tempo, a maior capacidade de sucção cria menos turbidez, o que significa que o material é ressuspenso na coluna de água e cria um possível impacto ambiental.
Com base no design da própria bomba EDDY, a bomba é virtualmente à prova de entupimento quando se trata de pedras ou detritos presos no interior da voluta. A elevada tolerância da bomba permite a passagem directa de qualquer objecto até 3 ½ polegadas sem obstrução ou danos para a bomba. Esta capacidade de passagem conduz a uma quantidade significativamente maior de extracção sem paragem devido a entupimento.
Para acompanhar a elevada capacidade de aspiração da bomba EDDY e mantê-la constantemente alimentada com material, foi incorporada uma protecção rotativa bidireccional. Esta protecção rotativa está localizada na sucção da Sub-Draga e está disponível em várias configurações. Para lidar com diferentes materiais e condições, o cesto pode ser facilmente modificado para um desempenho óptimo. Para material compactado, como areia compacta, os dentes de escavação são facilmente adicionados ao cesto rotativo, que quebra o material para uma melhor produção de bombagem. Em condições em que existam muitos detritos ou materiais argilosos que possam prejudicar a sucção, é adicionado um pente que limpa o cesto em cada rotação, minimizando quaisquer problemas de sucção.
No final de Março, a Sub-Dredge foi enviada para Nome, no Alasca, para extrair ouro sob o gelo de 1,5 metros de espessura das águas ricas em ouro do Mar de Bering. Antes da Sub-Draga, os mineiros abriam um buraco no gelo e enviavam mergulhadores com mangueiras para operar durante curtos períodos de tempo, utilizando bombas centrífugas convencionais de baixa sucção. Este método produziria, em média, cerca de 5 jardas cúbicas de material por hora, com os mergulhadores a poderem operar apenas durante algumas horas, no máximo, até terem de ser substituídos devido à exaustão e às condições adversas.
Poucos dias depois de chegar a Nome, a Sub-Dredge foi lançada no Mar de Bering para se tornar a primeira draga submersível operada à distância a extrair ouro sob o gelo. A Sub-Draga começou a atravessar facilmente o fundo rochoso do mar e começou a bombear material imediatamente.
A Sub-Draga vem equipada com bombas EDDY de vários tamanhos, mas a utilizada em Nome foi uma bomba de 4 polegadas com um caudal de 700-1000GPM. Devido à elevada capacidade de sucção da Bomba EDDY, juntamente com a forte capacidade de escavação da Sub-Draga, foram atingidas taxas de produção de até 150 jardas cúbicas de material por hora. Em comparação com a média de 5 jardas cúbicas conseguidas pelos mergulhadores, isto representou uma melhoria monumental. Com material no Mar de Bering contendo até uma onça ou mais de ouro por jarda cúbica, são possíveis grandes fortunas com o equipamento adequado e conhecimentos de mineração.
A capacidade da Sub-Draga de se deslocar até 200 pés de distância da unidade de potência deu-lhe uma grande capacidade de manobra sob o gelo e limitou a quantidade de paragens de dragagem devido à necessidade de reposicionar todo o equipamento. Isto foi possível graças aos 200 pés de umbilical hidráulico, que pode ser estendido até 400 pés. Com as sub-dragas eléctricas são atingidos comprimentos superiores a 1000 pés.
Após 4 semanas de funcionamento em Nome, no Alasca, a Sub-Dredge pode realmente ser vista como a nova onda do futuro não só na dragagem, mas também na extracção subaquática de ouro e será vista em breve por milhões de pessoas no Discovery Channel!
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